Tireoide
Responsável pela regulação e controle de muitos órgãos vitais como o coração, o cérebro, o fígado e os rins, a tireoide é uma glândula muito importante para o bom funcionamento do corpo humano. Por isso, nesta quarta-feira (25), Dia Internacional da Tireoide, o Ministério da Saúde reforça a importância da conscientização sobre o funcionamento dela, as doenças que mais acometem a glândula e seus sinais de alerta.
A tireoide é uma glândula, com o formato parecido com o de uma borboleta, localizada na parte superior/frontal do pescoço, abraçando a traqueia. Os hormônios produzidos por ela (T3 e T4, tri-iodotironina e tiroxina) agem no corpo e metabolismo desde a nossa formação fetal até a velhice.
Quando a glândula, por algum motivo, apresenta problemas em seu funcionamento, algumas doenças podem aparecer.
As principais doenças da tireoide acontecem quando esse hormônio está em falta (hipotireoidismo) ou em excesso (hipertireoidismo). Um problema bastante comum da tireoide é o seu aumento de tamanho, chamado de bócio. Outra doença que também pode atingir a tireoide, de forma bem menos comum, mas bastante grave, é o câncer de tireoide.
Doenças da tireoide
Hipotireoidismo
No hipotireoidismo, a tireoide não funciona corretamente. A diminuição da produção de hormônio causa uma redução do metabolismo, que muitas vezes se manifesta com sintomas vagos, como:
- aumento de peso;
- dores musculares;
- cansaço;
- prisão de ventre;
- intolerância ao frio;
- ressecamento da pele;
- depressão.
Em recém-nascidos, o hipotireoidismo pode ser diagnosticado através da triagem neonatal, pelo “Teste do Pezinho”, que deve ser feito nos primeiros dias de vida do bebê. Caso o resultado do exame seja positivo para o hipotireoidismo congênito, o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar consequências, dentre elas o retardo mental.
Em adultos, geralmente o hipotireoidismo é causado por uma inflamação chamada Tireoidite de Hashimoto, podendo também ser provocada pela falta ou pelo excesso de iodo na dieta.
O hipotireoidismo precisa ser tratado corretamente ou pode acarretar redução de desempenho físico e mental no adulto, além de alterar níveis de colesterol, aumentando as chances de problemas cardíacos.
Hipertireoidismo
Diferente do hipotireoidismo, o excesso de hormônio da tireoide leva à aceleração do metabolismo, com aumento do consumo de energia pelo corpo e resultando no hipertireoidismo. Os sintomas desta alteração são:
- agitação incomum;
- aumento de apetite e, apesar disso, emagrecimento;
- suor excessivo;
- diarreia;
- aceleração dos batimentos do coração.
A principal causa de hipertireoidismo é a doença de Graves, um problema autoimune no qual por uma razão desconhecida o organismo passa a não reconhecer suas próprias células e produz anticorpos contra elas (autoanticorpos). Essa reação autoimune leva ao aumento da função da tireoide e a alterações nos olhos, fazendo com que eles fiquem com aspecto de “saltados”.
A manifestação do hipertireoidismo também pode acontecer pelo excesso de iodo presente em alguns medicamentos, surgimento de nódulos na glândula, funcionamento mais acelerado da tireoide ou ingestão dos hormônios da tireoide.
Bócio
Consiste no aumento do volume da glândula tireoide. Geralmente, a tireoide não é percebida pela maioria das pessoas. Quando ocorre o bócio, o aumento dele a torna palpável e muitas vezes visível. Existem diversas causas de bócio, incluindo hipo e hipertireoidismo, gravidez e falta de iodo na dieta.
O principal sintoma é o inchaço da glândula, mas também podem aparecer outros sinais, como:
- tosse;
- sensação de aperto na garganta;
- dificuldade para engolir e respirar (em casos mais raros).
A presença de bócio significa que a pessoa necessita de avaliação médica para investigação e constatação do que está causando o aumento da glândula.
Câncer de tireoide
O câncer de tireoide é o câncer mais comum na região da cabeça e pescoço, afetando as mulheres três vezes mais que os homens.
O principal sintoma é o aparecimento de um nódulo na frente da garganta, logo abaixo do “pomo de Adão”. Quando a doença está em estágio avançado pode ocorrer:
- rouquidão inexplicável;
- dificuldade para engolir;
- dificuldade para respirar.
O diagnóstico do câncer da tireoide começa com a história clínica e o exame físico. Muitas vezes, em tumores pequenos, os pacientes são assintomáticos. O diagnóstico é normalmente feito após a realização de ultrassonografia do pescoço.
Em 95% das vezes, a presença de um nódulo na tireoide é causada por uma doença benigna. Uma avaliação médica cuidadosa pode ajudar a determinar a causa mediante exames que podem incluir dosagem de hormônios no sangue, ecografia da tireoide e punção do nódulo.
Os tratamentos para alterações na glândula tireoide variam segundo a doença e sua proporção de avanço em cada paciente, podendo ser por meio de medicações, radioiodoterapia ou intervenções cirúrgicas. A determinação de tratamento deve ser orientada por profissionais habilitados a partir exames físicos e clínicos e após diagnóstico fechado.
Fonte: Assessoria de Marketing, com informações obtidas em: Fran Martins; e Ministério da Saúde