Outubro mês da conscientização sobre a Dislexia
A dislexia é um distúrbio genético e hereditário da fala, de origem neurobiológica, caracterizado pela dificuldade em decifrar o estímulo escrito ou símbolo gráfico. A dislexia afeta a capacidade de aprender a ler e escrever fluentemente, bem como compreender e interpretar textos. Em vários graus, as pessoas com essa deficiência têm dificuldades de construir memória fonêmica, ou seja, associar fonemas a letras.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dislexia, o distúrbio atinge 0,5 a 17% da população mundial, pode se manifestar em pessoas de inteligência normal ou até superior e persistir na vida adulta.
A causa do distúrbio é uma alteração cromossômica hereditária, o que explica o aparecimento em pessoas da mesma família, sendo mais comum em meninos. Pesquisas recentes mostram que a dislexia pode estar relacionada à produção excessiva de testosterona da mãe durante a gravidez.
Embora não haja cura, existem tratamentos disponíveis para ajudar as pessoas com dislexia a superar as dificuldades de leitura, escrita e grafia, tanto quanto possível e dentro de suas habilidades.
Sintomas
Os sintomas variam de acordo com os graus de gravidade dos distúrbios e tornam-se mais evidentes durante a fase de alfabetização.
Crianças com menos de 7 anos
- Começar a falar mais tardiamente;
- Atraso no desenvolvimento motor como engatinhar, sentar e/ou andar;
- Dificuldade para entender o que se ouve;
- Dificuldade em se adaptar à escola;
- Problemas em dormir;
- Choro, inquietação ou agitação frequentes.
Crianças com mais de 7 anos
- Demorar para fazer a lição de casa ou fazê-la rapidamente, mas com muitos erros;
- Dificuldade em ler e escrever, inventando, acrescentando ou omitindo palavras;
- Dificuldade em compreender textos simples;
- Omitir, acrescentar, trocar ou inverter a ordem e direção das letras e sílabas;
- Dificuldade em se concentrar;
- Não quer ler, principalmente em voz alta;
- Seguir a linha do texto com os dedos;
- Esquecer-se facilmente do que aprende e perder-se no espaço e no tempo;
- Confusão entre esquerda e direita, cima e baixo, frente e atrás;
- Dificuldade para ler as horas, para sequências e em contar, precisando dos dedos;
- Dificuldade em soletrar;
- Escrita lenta, com letra feia e desordenada.
Adultos
- Demorar muito tempo a ler um livro;
- Saltar os finais das palavras ao ler;
- Dificuldade em pensar o que escrever;
- Dificuldade em fazer anotações;
- Dificuldade em seguir o que os outros dizem e com sequências;
- Dificuldade no cálculo mental e na gestão do tempo;
- Renitência em escrever, por exemplo, mensagens de texto;
- Dificuldade em compreender adequadamente o sentido de um texto;
- Necessidade de reler várias vezes o mesmo texto para o compreender;
- Dificuldade na escrita, com erros de trocas de letras e esquecimento ou confusão em relação à pontuação e gramática;
- Confundir instruções ou números de telefone, por exemplo;
- Dificuldade no planejamento, organização e manejo do tempo ou tarefas.
A dislexia não impede a comunicação e, portanto, as pessoas portadoras desta deficiência costumam ser muito sociáveis, especialmente porque preferem a comunicar pessoal em vez de interagir mediante aplicativos de conversação.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por uma equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de determinar que uma pessoa é disléxica, é necessário descartar deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, alfabetização insuficiente, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que podem afetar a aprendizagem.
Tratamento
O tratamento é feito com o objetivo de estimular a leitura, a escrita e a visão, diminuindo o impacto da dislexia nas atividades diárias e exige acompanhamento com especialista de diversas áreas da saúde e educação. Desta forma é possível implementar estratégias diversificadas, de acordo com as principais especificidades de cada caso.
Fonte: Assessoria de Marketing, com informações obtidas em: Tua Saúde: Drauzio Varella: Ministério da Saúde: e, a Sociedade Brasileira de Dislexia.