Quais são os tipos de perda auditiva e suas causas?
As perdas auditivas podem ser classificadas de acordo com o tipo — baseado na parte do ouvido afetada — e pelo grau, medido em decibéis (dB), que representa o nível mais baixo que o ser humano consegue ouvir.
Podendo comprometer um ou ambos os ouvidos, as causas são diversas. A maioria dos casos possui tratamento.
Conheça os 4 tipos de perda auditiva
1. Perda auditiva condutiva
Esse tipo ocorre quando há dificuldade na condução do som devido a problemas no ouvido externo ou médio, impedindo que o som seja recebido e transmitido de forma adequada.
É comum a sensação de ouvido tampado, mas, geralmente, é reversível com tratamentos como medicamentos, aparelhos auditivos, soluções de condução óssea ou cirurgia.
Causas mais frequentes:
- Malformações congênitas;
- Síndromes como Down, Goldenhar e Treacher Collins;
- Mastoidite crônica ou infecções no ouvido médio;
- Crescimento de pele ou cistos (colesteatoma);
- Obstruções causadas por cera;
- Infecções crônicas;
- Cirurgias auditivas anteriores;
- Tumores benignos.
2. Perda auditiva neurossensorial
Essa perda ocorre devido a danos no ouvido interno, mais especificamente nas células sensoriais, que têm a função de converter sons em sinais para o nervo auditivo. Mesmo que o ouvido externo e médio estejam saudáveis, a audição fica prejudicada.
Infelizmente, esse tipo de perda é irreversível, sendo tratado de forma paliativa com aparelhos auditivos ou implantes cocleares.
Principais causas:
- Condições congênitas;
- Envelhecimento natural;
- Exposição a ruídos intensos;
- Traumatismos cranianos;
- Fatores genéticos;
- Doença de Ménière;
- Reações adversas a medicamentos.
3. Perda auditiva mista
A perda mista é uma combinação dos dois tipos anteriores, afetando tanto o ouvido externo e/ou médio quanto o interno.
Embora os problemas de condução sonora possam ser tratados, as alterações sensoriais geralmente são permanentes.
Causas:
- Infecções crônicas;
- Traumatismos;
- Qualquer combinação de fatores associados às perdas condutivas e neurossensoriais.
Tratamentos possíveis:
Medicamentos, aparelhos auditivos, soluções de condução óssea e cirurgias.
4. Perda auditiva neural ou retrococlear
Esse tipo resulta de danos ou ausência do nervo auditivo, responsável por transmitir os sinais sonoros ao cérebro.
É uma condição permanente, pois o nervo comprometido não consegue realizar sua função, e aparelhos auditivos ou implantes cocleares não oferecem resultados satisfatórios. Em alguns casos, o implante auditivo de tronco cerebral (ABI) pode ajudar.
Graus de perda auditiva
Leve
A pessoa consegue ouvir a fala, mas sons baixos, como sussurros ou consoantes finais, são difíceis de perceber. Conversas em locais barulhentos também se tornam desafiadoras.
Moderada
Embora seja possível escutar outra pessoa, entender o que é dito é difícil. Sons como consoantes podem não ser ouvidos, prejudicando a comunicação. O uso de aparelhos auditivos é recomendado.
Grave
A audição de sons do ambiente ou da fala de outra pessoa é bastante limitada, sendo necessário o uso de aparelhos auditivos mais potentes ou implantes cocleares.
Profunda
Nesse nível, a pessoa geralmente depende de implantes cocleares, leitura labial ou língua de sinais, já que apenas vibrações de sons altos são percebidas.
Com a identificação precoce e o tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida de quem possui perda auditiva!
Fonte: Assessoria de Marketing, com informações obtidas em: Grupo Binaural; e Ministério da Saúde.