Setembro Dourado – Mês de Sensibilidade sobre o Câncer Infantojuvenil

O Setembro Dourado foi criado para conscientizar profissionais da saúde, pais, educadores e a sociedade sobre a importância de se atentar aos sinais e sintomas do câncer infantojuvenil, contribuindo para sua detecção e tratamento precoces.

O câncer infantojuvenil é uma doença rara com características distintas, especialmente em relação à histopatologia e ao percurso clínico. Faz parte de um grupo de doenças agressivas, com curtos períodos de latência e rápida proliferação. Contudo, se diagnosticado precocemente e tratado de maneira eficaz, as chances de cura podem chegar a 80%.

Sintomas

Os sintomas de câncer em crianças incluem palidez, hematomas, sangramentos, dor óssea, perda de peso inexplicável, caroços ou inchaços, alterações oculares, inchaço abdominal, dores de cabeça persistentes, vômitos e dor nos membros sem trauma.

Diagnóstico Precoce

Os cânceres em crianças crescem rapidamente, tornando crucial o diagnóstico precoce e o encaminhamento ágil para o início do tratamento. O desafio na suspeita e diagnóstico do câncer infantil reside no fato de seus sinais e sintomas serem comuns a outras doenças. Muitas vezes, as famílias buscam assistência médica várias vezes, resultando em diagnósticos de câncer já em estágios avançados.

A presença de um ou mais desses sintomas não indica especificamente câncer, mas deve ser investigada por um especialista através de exames clínicos, radiológicos e laboratoriais.

Tipos de Câncer

Os tipos de câncer infantojuvenil variam entre os países. Nos países em desenvolvimento, com uma população infantil de 50%, o câncer infantil representa de 3% a 10% do total de neoplasias. Nos países desenvolvidos, essa proporção é de cerca de 1% (Estimativa 2016: Incidência do câncer no Brasil – INCA e Ministério da Saúde).

Em 2013, no Brasil, ocorreram aproximadamente 2.800 óbitos por câncer em crianças e adolescentes (0 a 19 anos). As neoplasias foram a segunda maior causa de morte nessa faixa etária, ficando atrás apenas das causas externas, sendo a doença de maior letalidade (Estimativa 2016: Incidência do câncer no Brasil – INCA e Ministério da Saúde).

De acordo com o INCA e o Ministério da Saúde (2016), a leucemia é o tipo mais frequente de câncer infantojuvenil (25% a 35%). Os linfomas são o terceiro tipo mais comum nos países desenvolvidos e o segundo nos países em desenvolvimento. Os tumores do sistema nervoso central ocorrem principalmente em crianças menores de 15 anos, com pico aos 10 anos. Tumores embrionários, como retinoblastoma, neuroblastoma e tumor de Wilms, representam cerca de 20% dos tumores infantojuvenis e quase nunca ocorrem em outras faixas etárias.

Fatores de Risco

Os fatores etiológicos para o câncer infantojuvenil são frequentemente estudados. Observou-se que os efeitos da exposição ambiental em crianças são difíceis de avaliar e podem não ser um fator causal significativo, diferentemente do que ocorre com adultos. Exposições durante a concepção e vida intrauterina são consideradas fatores de risco mais relevantes para esse grupo de neoplasias.

Descobrir que uma criança ou adolescente tem câncer é extremamente difícil, especialmente para os pais. No entanto, os avanços nas pesquisas e tratamentos tornaram a cura mais provável, especialmente com um diagnóstico precoce. Atualmente, cerca de 70% das crianças e adolescentes com câncer podem ser curados, e a maioria terá uma qualidade de vida satisfatória se diagnosticados precocemente e tratados em centros especializados.

Brasil

No Brasil, a Confederação Nacional das Instituições de Apoio e Assistência à Criança e ao Adolescente com Câncer reúne 52 instituições que buscam proporcionar maior segurança e dignidade aos portadores de câncer infantojuvenil, promovendo um olhar mais sensível às crianças, adolescentes e suas famílias.

Cuidar de nossas crianças e adolescentes é crucial, pois eles são o futuro da nação e a esperança de um mundo melhor. Vamos vestir o Brasil de dourado e propagar o máximo de informações e conhecimento sobre o câncer infantojuvenil e o Setembro Dourado, para que todas as crianças e adolescentes possam ter maiores chances de cura e viver com qualidade de vida.