Transtornos Alimentares

A alimentação deve ser um prazer, mas pode se tornar um problema sério quando ultrapassa os limites. Quando o ato de comer deixa de ser equilibrado, ele passa a comprometer diretamente a saúde física e mental. Os transtornos alimentares surgem quando há uma obsessão com o peso e a aparência corporal. Em muitos casos, as pessoas deixam de se alimentar adequadamente, comem em excesso ou adotam métodos para eliminar o que foi consumido.
Essa preocupação exagerada pode levar a comportamentos prejudiciais, como provocar o próprio vômito após comer para evitar o ganho de peso. Há também episódios de compulsão alimentar, nos quais o indivíduo perde o controle e consome grandes quantidades de comida, seguidos de sentimentos intensos de culpa e sofrimento. Em situações extremas, como na anorexia, a pessoa deixa praticamente de se alimentar, resultando em emagrecimento extremo que pode levar à morte.
Os principais transtornos alimentares incluem a anorexia nervosa, bulimia nervosa e compulsão alimentar. Esses quadros estão geralmente associados a fatores emocionais, como ansiedade e depressão.
TRANSTORNOS ALIMENTARES
Atenção aos sinais:
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Preocupação excessiva com o corpo
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Isolamento social por sentir-se acima do peso
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Prática exagerada de atividade física
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Perda rápida de peso
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Dietas constantes e restritivas
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Obsessão com o que será ingerido
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Alimentar-se longe de familiares e amigos
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Sentimento de culpa após comer
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Buscar desculpas para não se alimentar
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Induzir o vômito após as refeições
Esses sinais, quando recorrentes, podem indicar a presença de um transtorno alimentar e devem ser levados a sério. O acompanhamento profissional é essencial.
Outros transtornos alimentares
Desde 2013, outros distúrbios passaram a ser reconhecidos como transtornos alimentares, como o Transtorno Alimentar Evitativo Restritivo (TARE). Diferente da anorexia, o TARE não está relacionado a uma preocupação estética com o corpo, mas sim à dificuldade real em se alimentar. A pessoa não emagrece porque quer, mas porque não consegue comer.
É importante estar atento a episódios repetidos de distúrbios alimentares. No caso do Transtorno de Compulsão Alimentar (TCA), basta que ocorra uma crise por semana para causar grande sofrimento, especialmente se o paciente se percebe acima do peso. Já na bulimia, as crises de compulsão vêm seguidas de tentativas extremas de compensação, como vômitos induzidos, uso excessivo de laxantes, prática exagerada de exercícios ou uso de diuréticos.
Essas práticas trazem sérias consequências para a saúde e afetam não apenas o corpo, mas também a vida social e profissional. Na anorexia nervosa, por exemplo, há uma perda de peso intensa provocada pelo próprio paciente. Mesmo estando abaixo do peso, ele continua se vendo com excesso de gordura e acredita que precisa emagrecer ainda mais — um transtorno grave que pode ser fatal.
Abordagem e tratamento
O tratamento para os transtornos alimentares exige uma abordagem multidisciplinar. Envolve, no mínimo, acompanhamento com psiquiatra, psicólogo e nutricionista. O objetivo é reconstruir a relação do paciente com a comida, com a própria imagem e com o peso, buscando reduzir comportamentos nocivos como compulsão, restrição alimentar e métodos compensatórios.